terça-feira, 14 de setembro de 2010

CARTA



Cuiabá, 14 de setembro de 2010

Não podemos simplesmente desmerecer o período de gestão do presidente Luiz Inácio, o Brasil passou por mudanças positivas sim! Porém precisamos ter coerência suficiente para podermos continuar caminhando e sabermos que a evolução de um país como o Brasil, tão rico e por isso tão poderoso tem um certo “Q” de natureza, em determinada quantidade ou forma, aconteceria com qualquer que fosse o gestor.
Um gestor com recursos opera milagres! E é isso que nosso presidente é, um gestor com recursos, muitos recursos e muitos problemas claro, porém as grandes questões além dos resultados que foram obtidos são:

1) Estes foram realmente os resultados oriundos da otimização dos recursos levando em consideração uma resistência cultural ao trabalho honesto e a boa utilização dos recursos públicos? Quer dizer, mesmo com toda roubalheira que com certeza não seria concertada em oito anos, foi mesmo dado o melhor destino possível pro dinheiro do povo? Existiu mesmo uma batalha neste sentido?

2) Nosso gestor foi inteligente e maleável para assim poder penetrar o sistema (sujo) e gerar a melhor evolução possível no sentido de tirar do mesmo os vícios culturais a longo prazo, ou nosso gestor adentrou o sistema e utilizou o poder a ele outorgado para se tornar um beneficiado deste, tornar compadres de jornada e familiares também, além de criar uma forma de perpetuar por muito mais tempo um sistema assistencialista hipócrita que faz a população se contentar com migalhas enquanto uma parcela pequena se refestela com grandes banquetes? Enquanto se enfia dinheiro em grandes universidades, pólos tecnológicos e se abandona a escola fundamental que seria o alicerce da evolução inteligente e gradual?

3) Nosso presidente teve uma postura ética ao utilizar os últimos anos de governo para lançar uma candidata a custo de dinheiro público? Teve uma postura ética e condizente com seu discurso de messias do povo ao envolver o trabalho do governo, e o dinheiro do povo seja acelerando obras mesmo quando estas agridem o meio ambiente, ou direcionando viagens com intuito meramente político, em plena campanha, no tempo em que ainda tem atribuições de seu cargo e com isso obrigações com o mesmo, custos logísticos e administrativos que deveriam ser levados em consideração?

O Brasil passa por um período eleitoral crítico e é impressionante o numero de “vítimas”, todos pobres coitados, o que me lembra uma cena do filme Carandiru onde um dos presidiários diz para o médico Dráuzio Varella, “Não sei se o ‘dotô’ reparou, mas aqui dentro todo mundo é inocente!”

Gente notoriamente suja encabeçando pesquisas para as câmaras e o senado, escândalos de ultima hora eclodindo (despretensiosamente)...

Assuntos como uma reforma tributária, não só visando valores, mas sim critérios de alocação de recursos para evitar transferências desnecessárias e suspeitas destes, Investimentos primeiro no ensino básico depois fundamental e médio de forma gradual e levando em consideração o tempo necessário para isso, e toda uma série de fatos que tem por conseqüência uma dupla tributação sem sentido ou objetivo (já que não levam a um futuro melhor), são deixados de lado para a exposição de calúnias, politicagens e camaradagens meramente interesseiras.

Não tenho intenção de dizer qual a melhor escolha ou o que se deve fazer, até por que a situação nos desnorteia a todos, nos deixa tontos, me sinto perdido. Mas com certeza decidir seu voto sem influências de cunho emocional, financeiro ou de poder vazio e sim de cunho ideológico-político já é um bom começo.

Sejam limpos!

Bom trabalho e vida a todos.

Abraços meus amigos!

Ass: Eng. Lucas Grenzel

2 comentários:

  1. Grande amigo Lucas; já falei e volto a repetir.
    Se você, é tão revoltado com os rumos da nossa política e fica indignado com o que vê, não fique só nos seus texto, não faça como todo mundo faz, o que todo mundo faz e “NADA”, se filie ao um partido e comece a entra nesse “mundo sujo”, para fazer a faxina, as coisa só mudam se “nós que nos dizemos homens honestos”, criar a coragem e dar a cara a tapa de entra e encabeçar as sujeiras afim de que elas se findem da nossa cultura, vou ainda mais longe se não darmos a opção para o povo, como que eles vão poder votar e gente descente, se nós que nos dizemos limpos não damos essa opção para eles.

    Pense nisso!

    Perdoe-me pelos erros de português.

    Abraço LUCAS e a todo pessoal do SARAU.

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  2. Amigo Ronilson, essa é sim uma forma de se militar, porém, política não é um via de mão única. Um candidato é eleito para representar uma população, se um representado se faz ouvir de qualquer que seja a forma (justa),se faz políticamente atívo.
    Todo ser humano é político, e ela (a política) se faz presente em cada ato, no dia-a-dia.

    Grato pela visita, e mais ainda pela opnião. Abraços!

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