quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por que votei em Marina

Outro dia enquanto fazia minha caminhada matinal, ouvia pelo radio (celular na verdade) o jornalista José Nêumanne Pinto indo direto ao assunto - pode não parecer mas foi uma piada - e comentando a respeito dos ataques do presidente Luiz Inácio a imprensa, pelo fato da mesma noticiar os escândalos relacionados ao esquema de tráfico de influências que envolvem as duas ultimas ministras chefes da casa civil - uma delas candidata a presidência - dentre outras pessoas.
É aquela velha ladainha, alguém da alta cúpula beneficia-se além de beneficiar parentes e amigos e no final alguém que deveria saber, diz que não sabe.
Fazendo uso dos pensamentos do próprio jornalista . É até engraçado ver o presidente que só está a onde está graças à liberdade da imprensa ou a luta por essa, quando, em plena ditadura muitos assumiram essa batalha para noticiar os eventos e greves sindicais.
Agora que a liberdade da imprensa vai contra seus interesses próprios ele simplesmente a ataca?
Agora voltando a mim.
Juntando a isto o fato deste mesmo presidente ter cogitado à algum tempo atrás criar uma agência para “regular” a atividade da imprensa, surge em mim a impressão de que democracia para ele é simplesmente escutar a sua própria voz e atenderem a sua vontade, seja gritando numa greve sindical, seja num palanque ou reunião.
A América do Sul volta a conviver com acontecimentos com os quais começava a se desacostumar. No Brasil o governo tenta domar a imprensa e até criar um órgão “regulamentador”, na Argentina Jornais são atacados de forma explicita pelo poder público, na Venezuela a imprensa sofre grande repressão tendo sido em boa parte estatizada.
Essa onda vermelha que toma conta do Brasil e se prepara para instalação de uma ditadura, a ditadura da ignorância. A “ditadura circo” para o “povo foca” que é palhaço e bate palmas ao mesmo tempo. Essa onda vermelha que me assusta, me fez pensar numa frase que utilizei em um texto onde disse não querer dizer o que era melhor. Na verdade não quero dizer o que é melhor, não sou absoluto, mas sim me manifestar e dizer o que penso ser melhor.
E o que penso é que sinceramente, ter Dilma Rousself como presidente não é a melhor chance que nosso país tem agora, a forma com que todas as coisas erradas que tem acontecido vem acontecendo, e mais, a forma como toda essa trupe tenta maquiar esses acontecimentos na nítida gana de continuar a se aproveitar, me dá expectativas muito ruins de um país completamente alienado aonde o povo comemorará sempre as conquistas das quais fez parte do trabalho duro mas não proporcionalmente da repartição dos frutos colhidos, numa política assistêncialista hipócrita.
Quase caí na tentação ou melhor, no desespero de votar em um candidato na expectativa de realização de segundo turno “com chances”. Mas decidi, que se uma maioria ou pelo menos parte considerável não dividi opinião comigo, isso não quer dizer que devo votar com as pesquisas (Vide texto “E a saga continua” no blog saraubbu.com.br). Quero fazer minha opinião ter seu devido peso, quero votar de acordo com meus princípios e de acordo com a ideologia que me acompanha, mesmo esta sendo mutável, a eleição é hoje! Se me arrepender amanha, ou passar por qualquer aborrecimento, que pelo menos seja por conseqüência de algo que fiz, que participei e não de algo que deixei de fazer ou me omiti.

(isso foi escrito antes do primeiro turno)

Comunico aqui que as crônicas que escrever - somente as crônicas - serão postadas no blog ecronicas.blogspot.com.br.

Abraços!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ser um macho de respeito!


Ser um macho de respeito!

Algo cada vez mais difícil. As mulheres com sua libertação elevaram a uma potência enésima sua complexidade, nós com nossa inteligência interpessoal comprovadamente menor, vivemos a ver navios.

Outro dia assistindo um programa intitulado “raciocínios de um macho de respeito”, apresentado por um desses caras bonitões que recebem para interpretar situações e vivências cotidianas, com as quais nós, homens cotidianos temos total intimidade, porém ele com certeza não.

Vi algo sobre o “choro de mulher”, o poder desse artifício, como elas usam e especialmente como elas usam contra nós.

Também deu uma lição de como usar o choro feminino a nosso favor: “nada melhor do que consolar um choro feminino causado por outro homem.”

Genial! Verdadeiro! E até mesmo óbvio.

O vilão já é o outro, se aproveita o momento pra ser o mocinho.

Pois bem, numa dessas pequenas viagens repentinas as quais tenho me submetido, vinha eu voltando de uma cidade situada na fronteira sul do estado de Mato Grosso - onde ao contrário da fronteira nordeste (onde as pessoas pensam serem goianas desde o fuso horário) ninguém se acha sul Mato-grossense – quando parado em uma rodoviária, de dentro do ônibus avistei uma moça muitíssimo graciosa aos prantos.

Pensei comigo “há há! Me dei bem, o rapaizão enganou ela, agora eu consolo”.

Abri a janela do ônibus lancei um olhar 171 – o 43 não tinha no estoque – e mandei: “E ai gatinha, por que uma mulher tão bonita chora tanto assim?”

“É que minha mãe MORREEEEEEEEEEUU, HUUUUUUUAAAAAA”

Dei os pêsames, fechei a janela (e a cortina) e nunca senti tanto prazer em sair de um lugar.